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Líli foi fazer um ensaio fotográfico.
Mas, como sempre, não era só isso.
Dessa vez ela não estava de preto, estava de vermelho.
Um vestido curto, de inverno, justo, provocante... Meia calça e, claro... a bota.
Acima do joelho. Salto alto. Brilho impecável. Sua marca.
Seu aviso silencioso de que ninguém ali estaria no controle ( exceto ela) .
O fotógrafo foi escolhido a dedo. Moreno. Cerca de 1,80. Ombros largos.
Barba por fazer e aquele moicano com cachos que deixava exposta a nuca , região favorita de Líli para sussurrar ordens.
Mas o que mais a prendeu foram os olhos verdes.
Eles tinham algo de selvagem, como se escondessem perguntas... Ou pedidos.
Ele a recebeu com todo profissionalismo. Apresentou o estúdio, os equipamentos, o camarim.
Mostrou os pontos de luz, o espelho. Falava com segurança.
Mas era Líli quem dava as ordens.
— Eu vou me trocar aqui mesmo — disse ela, passando a mão pela cintura, sem pressa.
A iluminação ficou perfeita nesse canto. Gostei do espelho também.
Ele hesitou. Abriu a boca, como se fosse dizer algo. Mas não disse.
Talvez por educação. Talvez por já estar hipnotizado.
Líli retirou a jaqueta que estava por cima do seu vestido, com movimentos lentos, quase ensaiados, como se já soubesse que estava sendo observada. Não perguntou se podia, apenas tirou a blusa.
Ele fingia ajustar o equipamento.
Mas suas mãos tremiam, e o clique da câmera veio tarde demais.
— Pode começar a fotografar — ela disse, sem olhar pra ele.
Apenas ergueu o queixo e deixou a luz bater no pescoço, no colo, na pele marcada pelo frio e pelo calor do comando.
Ele obedeceu.
Começou a clicar.
Mas logo percebeu que não era ele quem dirigia aquele ensaio.
Era ela. Era sempre ela.
— Aproxima — disse, sem mudar o tom de voz.
— Agora abaixa.
— Olha pra mim, querido... Isso, assim mesmo.
— Está ouvindo meu salto bater no chão? Grave esse som. Ele marca onde começa minha presença.
O clima entre eles se intensificava.
O ar parecia mais quente. As lentes, embaçadas. O clique da câmera parecia gemido.
E o corpo de Líli falava em código, entre poses e pausas.
Suas mãos na coxa. Seus dedos brincando com a borda da meia. A boca entreaberta no tempo exato de um flash.
Ele não aguentou.
— Posso... só ajustar a luz aqui embaixo — ele disse, se aproximando da perna dela.
Sua mão tremeu. Seus olhos, baixos.
Ela o olhou. Firme. Sorriu.
— Já está ajustada.
— Mas se quiser mesmo se ajoelhar... peça.
E foi ali, naquele estúdio frio, com cheiro de concreto e calor de tensão, que o fotógrafo entendeu:
Líli não queria só um ensaio.
Ela queria submissão com registro.
Prazer com ângulo.
Dominação sob luz controlada.
E ele?
Bem...
Ele clicou. E gemeu.
— Peça. — ela repetiu.
O fotógrafo respirou fundo. As mãos trêmulas agora repousavam nos joelhos, quase dobrados. Ele não era submisso. Ou... não sabia que era (ainda).
— Eu... — começou, a voz embargada — Posso me ajoelhar?
Líli inclinou a cabeça, fingindo pensar.
Depois, respondeu com a pontinha da bota, pressionando o centro do peito dele até ele tocar o chão.
— Agora sim, podemos continuar.
Ela se sentou na cadeira de couro envelhecido que usaria para algumas poses, cruzando as pernas devagar, deixando a fenda do vestido subir o bastante para mostrar a pele entre a meia e a calcinha. O clique da câmera recomeçou.
Mas o fotógrafo estava em conflito. Como manter a pose profissional… se o pau latejava dentro da calça?
Como manter foco… se a mulher à sua frente dominava o ambiente com os olhos e as coxas?
Líli abriu as pernas só um pouco.
O suficiente para que a luz revelasse a umidade entre os fios da meia calça.
Ela sabia. Ela queria que ele visse.
— Mais perto — ela ordenou, com o tom de quem já estava gozando por dentro.
Ele rastejou. Câmera pendurada no pescoço, como um colar de devoção.
Ela puxou o zíper da bota, lentamente.
Deixou o som do metal preencher o silêncio.
— Lamba.
Ele não hesitou.
Sua língua percorreu o couro da bota como se fosse um altar. Do joelho ao salto. Do salto à pontinha dos dedos.
Líli se apoiou no encosto da cadeira, sorrindo.
A câmera dele agora tremia. Não por falta de firmeza. Mas por excesso de entrega.
Ela abriu mais as pernas.
— Agora... me fotografe assim.
Quero ver o que você vê. Quero saber se sua lente treme tanto quanto você.
Ele tentou. Ajustou a câmera. Enquadrou. Mas seus dedos estavam molhados. E a lente… também.
O clique veio atrasado. Mas veio.
— Tire a camisa. — ela mandou.
— Quero ver quem está por trás dessa lente. E quero ver se você ainda é fotógrafo… ou já virou minha imagem.
Ele obedeceu.
E o ensaio, antes profissional, virou culto.
Culto à pele. Culto ao salto. Culto à Líli.
E ela… apenas começou a se tocar diante da lente.
— Agora fotografe isso.
Líli se tocava com a segurança de quem sabia que era a cena principal.
Seus dedos mergulhavam entre as pernas, encharcando a cadeira, molhando a pose.
Ela olhava direto pra lente. Dominava até o clique.
— Mais uma foto.
Quero me ver gozando — ela disse, com a voz baixa, mas indiscutível.
E ele obedeceu.
Obedeceu como quem não tinha mais escolha. Como quem agora era mais câmera do que homem.
Apenas um meio. Um instrumento. Uma extensão do desejo dela.
Líli gozou em silêncio.
Quando se levantou, limpou os dedos na pele do pescoço dele.
— Obrigada pelas fotos, querido.
— Se forem boas, quem sabe eu te chamo pra editar a próxima sessão.
Ela pegou sua jaqueta, calçou de novo a bota, e saiu com o som do salto marcando o caminho.
Deixou o estúdio com cheiro de desejo, suor, submissão e flash queimado.
Ele ficou de joelhos. Câmera ainda pendurada no peito.
Calado. E em paz.