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Dez anos. Dez anos que Líli havia apagado o cheiro de tortilhas e molho de pimenta das suas lembranças. O vapor quente da cozinha dele, os olhares furtivos que nunca tiveram a audácia de tocar sua pele. Naquela época, ela não era Lilith, a Domme impiedosa. Era apenas uma garota tentadora, cheia de curiosidade e um tesão silencioso que ela nem sequer sabia nomear.
Ric era a alma do seu restaurante mexicano: cozinheiro, dono, atendente. Líli ia para observá-lo. Ele a observava de volta. Mas nada nunca acontecia além das trocas de sorrisos bobos e dos beijos no rosto, disfarces de uma amizade que mal escondia a tensão. Eles se afastaram sem nunca terem se tocado de verdade.
Até que, dez anos depois, Líli havia encontrado seu papel e sua coroa. E, coincidentemente, Ric voltou à sua vida.
Ele a abordou por mensagem de forma ingênua, prometendo mundos e fundos quanto à sua performance sexual. Líli se divertiu com o esbanjar de elogios e a autoconfiança de quem não fazia ideia de que a mulher que ele reencontraria não era mais a doce e inocente garota. Agora, ela era Lilith, e Lilith coleciona submissos, não flertes fofinhos.
Líli, tentada em conhecer a luxúria do cozinheiro que havia apenas fantasiado por uma década, aceitou o convite: "Quero te ver. Hoje."
Mas Ric, o cretino, acabou dormindo e perdeu a hora. Ele se desculpou desesperadamente.
Lilith não perdoa esse tipo de falha, mas, fazendo parte do seu plano de vingança, ela aceitou um novo encontro no restaurante. Ela o faria pagar pelos dez anos de enrolação e pela falha imperdoável de ter dormido.
Havia nervosismo, desejo, nostalgia, e aquela ponta de arrependimento que Líli sempre reconhecia antes da confissão.
— Eu sonhei com você por dez anos — ele disse, com a respiração profunda e carregada de desejo.
— E você dormiu quando deveria me encontrar — Líli respondeu, tirando o casaco e mostrando um sorriso lento. — Você vai pagar pelos dois: pelos dez anos... e pelo cochilo.
O corpo dele estremeceu. Ele entendeu.
Líli apenas indicou a cadeira de aço encostada na parede. Ele obedeceu.
Ela colocou a mão sobre o peito dele e deslizou os dedos até o botão superior da camisa, abrindo-o. Depois mais um. E mais um. Quando percebeu que ele não ousaria impedir, tirou a camisa por completo e a deixou cair no chão de azulejo.
O peito tatuado de Ric subia e descia rápido, não por cansaço mas por pura expectativa. A calça jeans ainda estava fechada. Líli segurou o zíper e o baixou lentamente, só o suficiente para expor o volume pulsante na cueca preta.
— Você achou mesmo que depois de dez anos eu viria aqui só pra jantar? — a voz dela saiu baixa, firme.
Ele engoliu seco. A tensão em seu corpo dizia tudo. Ric não sabia que estava diante de uma Domme, mas sentia que o controle havia mudado de mãos.
Líli pegou a espátula metálica perfurada da bancada, o instrumento mais inocente do mundo, mas não nas mãos dela.
Passou o metal frio no ombro dele, nos braços, no peito... aquele corpo todo tatuado (o ponto fraco de Líli).
Foi subindo devagar até tocar o queixo. Ele fechou os olhos. O som do metal contra a pele era um corte no silêncio.
— Dez anos — ela disse. — E você nunca teve coragem. Nem para falar. Nem para fazer.
A espátula encostou no lado esquerdo do rosto dele.
Pah!
Deu uma batida leve, controlada, apenas para ver a reação. Ele arfou.
— Você poderia ter me procurado antes — bateu de novo, dessa vez no peito. — Mas preferiu ficar só desejando em silêncio.
Ele ficou imóvel, completamente entregue. Líli aproximou o corpo, arranhando lentamente o braço tatuado dele, subindo devagar até o ombro. Ele estremeceu inteiro. Uma mordida em seu ombro, fez ele urrar de prazer.
— E naquela noite... — a boca dela quase tocou a orelha dele — você dormiu.
O corpo dele travou.
— Não vou esquecer isso tão cedo — disse Líli se afastando da boca dele.
Ela passou a pinça de metal entre os dedos para fazer aquele "clac clac" seco e ameaçador. Usou o instrumento para levantar o queixo dele, como quem examina uma obra inacabada.
— Agora você está aqui, na minha frente... pronto para ser o que sempre quis ser.
Ela deu mais dois tapas secos na cara dele. Ele gemeu, sorrindo com os olhos fechados. A calça ligeiramente aberta e a cueca pulsante entregavam seu estado.
— Levanta. — ordenou Líli.
Ele levantou. No segundo seguinte, ela pressionou a nuca dele com firmeza e o colocou deitado no chão frio da cozinha, entre as bancadas de aço inox. Não houve resistência, apenas entrega absoluta.
— O que você vai fazer comigo? — ele perguntou, morto de tesão, curiosidade e ansiedade.
Líli desceu o salto sobre o peito dele, devagar, apenas para marcar território. O som do salto contra o piso e o suspiro dele se misturaram. Ele a olhava, de boca e calça abertas. Era fome. Era submissão pura.
Líli se abaixou sobre ele, intensa, insinuante. O corpo dele reagiu mais do que ele queria que Líli percebesse.
— Eu não sou a mesma garota do restaurante de dez anos atrás — ela disse, passando a ponta da espátula pelo peito dele, descendo, subindo, conduzindo a respiração dele. — Você queria me ter...
Ela pausou, o sorriso se aprofundando.
— Agora... você ME pertence!
Ele fechou os olhos, rendido, e gemeu, um suspiro que parecia uma súplica de birra.
Só então, quando Líli percebeu que ele tinha cedido por inteiro ( corpo, mente e orgulho ) ela tirou a calcinha, levantou seu vestido preto de camurça midi e sentou-se impiedosamente sobre o rosto dele.
Líli gargalhou com a sensação. Ela se deliciava com o peso e o cheiro do tesão submisso. Ele tentava respirar, o ar se tornando escasso, mas sua boca estava ocupada em devorar a Domme. O quadril de Líli quicava, esmagando o rosto dele, pressionando sua buceta cada vez mais na cara dele.
Ele mal conseguia respirar, mas não ousava parar de servir.
A tesão dele era palpável. Mesmo com a respiração desordenada e o corpo tenso de desejo, o pau latejava na cueca, a calça aberta limitando sua liberdade.
Enquanto Ric se contorcia, a saliva se misturando ao líquido de Líli em seu rosto, ela pegou a espátula e mergulhou-a em um pote de sour cream cremoso na bancada. Com uma indiferença cruel, ela começou a espalhar o molho branco no tórax dele, fazendo-o escorrer em direção ao pescoço. O cozinheiro estava sendo coberto de comida enquanto servia sua Domme.
Ela continuou. A espátula gelada desceu, passando pela barriga, até tocar por dentro da cueca úmida. O pau dele, já jorrando líquido de prazer antecipado, pulsava de excitação.
Líli o fez chupá-la por um tempo que ele não podia medir. Ela gozou duas vezes na boca dele e, mesmo assim, não o deixava sair debaixo dela. Seus movimentos eram eufóricos; ela estava no comando, sem dó nem piedade.
Ele não a tocava com as mãos, mas seu quadril se movia tanto, procurando um buraco, implorando para foder.
Líli se levantou abruptamente. O rosto de Ric estava encharcado, misturando seu gozo, a saliva e o sour cream.
Ela deu um passo para trás e, com a naturalidade de quem pisa em um capacho, passou o pé pela cara dele. Ele começou a lamber, o instinto de servidão falando mais alto. Líli introduziu o pé em sua boca, e ele o chupou como se estivesse devorando a própria vulva dela.
Ele usou as mãos para expor o membro. Líli se afastou e começou a passar a sola do pé pelo pau melado dele. Pressionou... pressionou... até que ele gozou ali, com os pés dela pressionando e apertando seu pau.
— O que é isso, meu Deus — ele conseguiu dizer, sem fôlego.
Com o ato final, Líli limpou seus pés lambuzados na boca de Ric, que lambeu o esperma por completo.
Ela ajeitou o vestido e caminhou para a porta. Mas propositalmente, deixou sua calcinha lá na cozinha, como um presente (ou um lembrete da totura que ele viveu).
— Levante-se quando recuperar o fôlego — falou Líli, já na saída.
Ric mal conseguiu se sentar, permanecendo no chão, com a camisa jogada, a calça desabotoada, a cueca e o rosto molhados e a incompreensão do que havia acabado de acontecer.
— Conversamos sobre ‘merecimento’ em outra noite — disse Líli.
Antes de sair, ela o olhou por cima do ombro. Um sorriso lento. Cruel. Delicioso.
— E Ríc… Dez anos de atraso têm preço.
Ela fechou a porta atrás de si, deixando-o para trás, gritando, "Como assim? Volta aqui! Não me deixe aqui nesse estado! Eu preciso de você, eu quero você!"
Apenas a gargalhada dela, cada vez mais distante, era a resposta.